Com o fechamento temporário da sede física de diversas galerias de arte em 2020, devido à pandemia de Covid-19, foi necessário, mais do que nunca, a utilização de viewing rooms a fim de continuar a programação de exposições de arte, porém. desta vez, online. Assim, essa técnica expográfica contribuiu e fomentou, indiretamente, um maior fluxo de vendas online das galerias de arte e a ampliação da experiência do público com a arte.
E você, sabe o que são os viewing rooms?
O que são viewing rooms e como podemos usá-los para expor nossas obras ou organizar uma exposição de arte
Viewing rooms nada mais são do que reproduções dos espaços físicos de exposições. Esse formato visual permite que o espectador caminhe digitalmente pelos espaços e tenha uma visão 3D das obras e do espaço expositivo. Os viewing rooms podem ser acessados por notebooks, desktops, celulares, tablets e até óculos de realidade virtual. A primeira galeria a adotar essa técnica expositiva foi a David Zwirner, em 2017.
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Existem dois processos para planejamento de exposições através de viewing rooms: no primeiro uma empresa terceirizada vai a uma exposição já montada fisicamente e a fotografa, criando sua versão em realidade virtual, e, no segundo, todas as imagens a serem expostas são renderizadas, aplicando texturas e cores a partir de softwares. De todo modo, é necessária uma alta resolução das imagens e um grande nível de detalhes.
Para o espectador ter acesso à exposição é necessário, em alguns casos, se registrar, e até pagar uma taxa de entrada. Acima de tudo, a grande vantagem dele é permitir que exposições sejam vistas do mundo inteiro e que o período de exibição possa ser estendido.
O viewing room foi mais do que nunca utilizado em 2020, tanto no Brasil, quanto no mundo. Feiras muito importantes para o cenário mundial da arte foram canceladas fisicamente e utilizaram o viewing room, como a Frieze em maio, que ainda contou com um aplicativo de realidade aumentada, permitindo aos visitantes visualizar as obras nas suas casas; e a Art Basel de Basel e Art Basel Hong Kong, nas quais o viewing room apresentava uma possibilidade de networking online através de um chat para galerias realizarem apresentações e responder perguntas.
Já no cenário nacional, a Sp-Arte não ocorreu presencialmente, porém houve os viewing rooms de dezenas de galerias, nos quais foi possível ver até 30 obras em cada, podendo o expositor colocar vídeos e áudios a fim de enriquecer a narrativa para o visitante. A ArtRio não ficou para trás, e, apesar da versão presencial reduzida, também contou com os viewing rooms de galerias, oferecendo assim, uma experiência híbrida, a qual já se aponta como tendência para diversos setores.
Os viewing rooms, apesar de serem uma técnica recente de reprodução dos espaços físicos de exposições no formato online, têm sido bem aceitos pelo público, e, inclusive, auxiliado no faturamento de galerias de arte.
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Por isso, é provável que firmem sua presença no mercado da arte como um agente facilitador da experiência do espectador, visto que permitem que pessoas do mundo inteiro tenham acesso remoto à exposições e que, além disso, elas tenham a possibilidade de “ficarem no ar” com um maior tempo de duração.E você? Como acha que serão as feiras de arte em 2021? Será que terão uma presença ainda maior online?
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