No dia 21 de Abril de 2017 foi criado pela Organização das Nações Unidas (ONU) o Dia Mundial da Criatividade. E para celebrar a data, hoje aqui no blog da ArtCult, vamos te ajudar a entender melhor como o desenvolvimento de um plano de comunicação e marketing digital eficaz, pode impulsionar e ajudar as Instituições Culturais a desempenharem de forma criativa e inovadora o papel de influência digital em suas redes e até no seu próprio site.
As manifestações culturais no digital
O acesso às manifestações culturais populares transformou-se com o digital e possibilita hoje novas experiências no mundo virtual, como assistir a um espetáculo de dança, descobrir novos escritores de literatura de cordel e até mesmo ver um concerto da Osesp na Sala São Paulo online. Todos esses eventos podem ser transmitidos e assistidos por meio de dispositivos conectados na internet com inúmeras possibilidades de interação com o público, capazes também de diminuir a sensação de afastamento social em que estamos vivenciando neste momento.
Uma tendência que vem crescendo cada vez mais e aproximando pessoas através do digital, com a realização de ações nas redes sociais ou em plataformas de streaming que funcionam como pontes, levando arte e cultura para a vida de milhares de pessoas, se apresentando como uma oportunidade de cativar o público e fidelizar pessoas aos conteúdos, por exemplo, de uma Instituição Cultural. Este cenário se mostra propício ao desenvolvimento de novas formas de fomento de políticas de formação de público, tão importante para as Instituições.
Comunicação e marketing digital para Instituições Culturais
Um bom planejamento de comunicação agrega a seleção de conteúdos relevantes para a audiência respeitando o timing certo para cada interação. Estamos vivenciando, hoje, um momento de introspecção por conta do afastamento com o outro, porém a necessidade de contato com conteúdos de qualidade e de acesso ao entretenimento alcançou níveis distintos de outras épocas e isto está levando inúmeras Instituições Culturais a reinventarem sua forma tratar dos espaços culturais e ressignificarem as interações com as pessoas que já acompanhavam o seu trabalho, ou até mesmo para cativar novos públicos.
O confinamento social necessita do bálsamo da arte e da cultura para sobreviver e não sufocar. Como já dizia o famoso dramaturgo, poeta e romancista alemão, Bertold Brecht “Todas as artes contribuem para a maior de todas as artes, a arte de viver.” As Instituições Culturais possuem um papel fundamental na formação cultural de uma sociedade, especialmente em relação a sua história, seu patrimônio, a criação e a vida em comunidade. Seus programas culturais, educativos e expositivos constroem jornadas pessoais, capazes de gerar um ambiente de diálogo, cocriação e de novas oportunidades, tanto para a população, quanto para a própria instituição.
A partir desta perspectiva, podemos transpor as paredes dos museus e das instituições a fim de agregar valor às suas propostas culturais e sociais por meio dos mecanismos de mídia digital. Um ótimo exemplo é o da Orquestra Sinfônica do Estado de São Paulo (OSESP), que transpôs os limites do físico para o meio digital. Sua programação está disponível para que todos possam conferir em seu site e assistir online por meio da série Concerto Digital OSESP, realizada na Sala São Paulo Digital, uma parceria da Fundação OSESP com o Governo de São Paulo e a Secretaria de Cultura e Economia Criativa. Através do canal do seu YouTube as pessoas podem assistir ao vivo aos concertos (às terças, quartas e sábados) ou conferir as gravações como a da Sinfonia Novo Mundo, de Antonín Dvorák.
A Era da Informação ou do Conhecimento
A forma como lidamos com as Instituições Culturais mudou, com a Era da Informação ou do Conhecimento, os fluxos informacionais do mundo tornaram-se ainda mais dinâmicos, sendo mais do que necessário um novo posicionamento das instituições em prol de uma maior presença digital. Passamos a valorizar a tecnologia e a informação em maior escala, levando as pessoas do mundo todo a repensar as formas de habitar os espaços geográficos que vivemos e como consumimos a informação.
As Instituições Culturais e os museus experienciam novos paradigmas na Era da Informação e estão transformando o seu processo de mediação entre as pessoas, as coletividades, as obras de arte e a cultura. Instituições como o Itaú Cultural mostram como o digital e a tecnologia podem aliar-se ao real e vice-versa.
O case de sucesso do Itaú Cultural
Com o intuito de democratizar o acesso à cultura e à arte, o Itaú Cultural tornou-se uma instituição de referência no fomento à pesquisa, produção de conteúdo e disseminação de trabalhos intelectuais e artísticos em todo o Brasil. Sua coleção de conteúdos de mídia disponibilizadas através da Enciclopédia Itaú Cultural promove a disseminação cultural virtualmente de seus conteúdos de artes visuais, literatura brasileira, teatro, tecnologia e arte para milhares de pessoas.
Estreitar as relações entre o público e a instituição é um dos principais pilares do marketing digital cultural. Através de um bom plano de comunicação, as instituições podem se beneficiar com ações de cunho estratégico, ao adotar e incentivar atividades relacionadas à cultura e arte como meio de divulgação e fortalecimento de branding. Para isso, são combinadas interações digitais entre o público e a instituição para ampliar a visibilidade da marca, mesclando ações de interesse social que possam agregar valor à marca e a sociedade. Um bom plano de comunicação aliado às estratégias digitais personalizadas para atingir os objetivos de uma Instituição Cultural, pode tornar a comunicação com o seu público mais assertiva, utilizando-se do tom de voz adequado, para atingir sua audiência e construir relacionamentos que transcendem os conceitos do real para o virtual.
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