Para entender mais sobre como a produção cultural fomenta o setor da economia relacionado à criatividade, no texto de hoje, a ArtCult aponta alguns aspectos relacionados à economia criativa e o papel do produtor cultural nesse contexto para a geração de valor no cenário artístico nacional, a partir do momento que vemos as atividades deste setor se transformarem em ativo econômico cultural. Descubra como gerar valor a partir de negócios baseados em capital cultural e intelectual dentro da economia criativa.

O que é economia criativa

O conceito de economia criativa, baseia-se em pilares que abrangem atividades de diversos setores criativos, como o de patrimônio histórico, artes e cultura, e por esses vieses, suas práticas são capazes de entregar mais competitividade e inovação para o mercado, evidenciando o seu potencial de investimento e de valor econômico para uma nação ao longo do tempo. 

De acordo com a Conferência das Nações Unidas sobre Comércio e Desenvolvimento (UNCTAD) “De 2000 a 2010, a Economia Criativa cresceu, em termos anuais, duas vezes mais que o setor de serviços como um todo, e quatro vezes mais que o setor de produção de muitos países da OCDE e países em desenvolvimento (UNCTAD 2010). A exportação de bens e serviços criativos atingiu a cifra de $227 bilhões em 2011”, sendo que deste montante, as exportações exclusivamente de serviços de Setores Criativos atingiram o recorde de $172 bilhões em 2011. As estimativas são de que a Economia Criativa deverá representar algo em torno de 3% a 15% do PIB mundial (dados da UNCTAD).

Já o Relatório sobre Economia Criativa das Nações Unidas de 2013 acrescenta que “Destravar o potencial da Economia Criativa envolve promover a criatividade das sociedades em geral, reafirmar a identidade distintiva dos lugares onde ela floresce e se agrupa, melhorar a qualidade de vida onde ela existe, realçar a imagem local e prestigiar e fortalecer os recursos para vislumbrar novos futuros diferentes.”

Outro ponto importante a salientar é que os processos de trabalho dentro da economia criativa, levam em consideração alguns conceitos, expressões e ideias originais, funcionando como um moto-contínuo de transformação e crescimento nos aspectos sociais e culturais para uma nação. Quando pensamos em mercado de trabalho criativo no Brasil, destacam-se os estados de São Paulo e do Rio de Janeiro, que de acordo com o Mapeamento da Indústria Criativa da FIRJAN 2019 “ambos os estados, juntos, responderam por exatamente 50% dos empregos criativos do país.”

Por conta de todos esses fatores, as atividades relacionadas à produção cultural dentro da economia criativa, baseadas em capital intelectual e criativo representam grandes oportunidades, seja em relação aos indivíduos, ao governo, ou às empresas, para que fomentem o crescimento econômico e social dentro da sociedade. 

O papel do produtor cultural

O setor cultural engloba as áreas de segmentos ligados à produção artístico-cultural, como a dança, a música, a ópera, o circo, o teatro, a pintura e todas as expressões de artes visuais, a fotografia, o cinema e a produção audiovisual em geral. Para que a produção cultural aconteça, além das questões de bagagem profissional que um produtor cultural deve possuir, faz-se necessário também a atuação de algumas articulações com os prestadores de serviços, empresários, parceiros, fornecedores, governo e patrocinadores. 
No rol de atuações de um produtor cultural, encontram-se ações de produção e pós-produção de espetáculos, exposições, shows, cenas, coreografias, peças, entre outros eventos. Além disso, a gestão de todo esse processo, até a entrega do produto cultural, é atribuída ao gestor cultural, que também determina a área da ação cultural, seja de um artista ou de um coletivo. O Banco Itaú é um excelente case se tratando de iniciativas culturais no seu braço institucional conhecido como Itaú Cultural, uma das maiores instituições incentivadoras da cultura brasileira, com ações voltadas às realizações culturais, artísticas, de shows e apresentações, atuando como patrocinadora de projetos culturais. A título de informação, só no ano de 2016, o Itaú Cultural chegou a destinar cerca de R$ 86,9 milhões para a área cultural. O programa Rumos, criado em 2017 e ainda em vigência, possibilitou que projetos artísticos e culturais alcançassem mais de 6 milhões de pessoas, selecionando artistas, pesquisadores e produtores, construindo relações e propostas em prol da cultura brasileira em consonância com os agentes culturais.

Um bom insight a respeito de produção cultural é a entrevista dada pela produtora Sonia Kavantan para o Itaú Cultural, onde ela explana sobre a formação e atuação de artistas, produtores e gestores do ramo cultural, além de suas atuações e os diferentes modos de financiamento de projetos artísticos e culturais. 

Se você gostou do texto e trabalha com produção cultural, saiba que a Artcult é uma agência especialista em Marketing Digital Cultural, com expertise no nicho artístico e cultural. Entre em contato para saber mais sobre os nossos serviços de Projetos Culturais, desde a elaboração, captação de recursos até a gestão de projetos culturais. 

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