O que é e como funciona o videomapping?
O videomapping, também chamado de projeção mapeada, é uma técnica que consiste na projeção de imagens ou conteúdos audiovisuais sobre superfícies, tais como prédios. Os edifícios por serem estruturas tridimensionais, são previamente mapeados para que a imagem ou vídeo ocupe e se encaixe no espaço desejado.
Para fazer o videomapping deve-se considerar alguns aspectos, como a luz, a perspectiva e o som, já que uma boa articulação entre os três pode oferecer uma experiência mais imersiva e ressaltar determinadas formas, texturas, volumes e sensações do objeto projetado.
O videomapping não é um recurso apenas da publicidade e da arquitetura, e cada vez mais a proposta tem ganhado destaque no mundo da arte e se apresentado com uma nova possibilidade de manuseio de materiais e conceitos graças a tecnologia. A ferramenta se consolida como uma identidade artística multimídia que entende o mundo como uma grande tela.
Manifestações artísticas na cidade
Além de combinar softwares, designer e informática, o videomapping é uma poderosa forma de levar a arte para diferentes lugares, já que permite a apresentação e apreciação de obras artísticas não somente em lugares fechados e convencionais, como museus e espaços culturais.
Ao tomar o espaço público como fachada, a arte se democratiza e amplia seu impacto, podendo acessar diferentes audiências e também se insere como parte da cidade.
O universo digital, portanto, cria formas de interatividade inusitadas e aguça a criatividade tanto de quem produz essa arte quanto daqueles que consomem. Alguns videomapping são conhecidos pela sua espetacularidade e grandiosidade, que costumam deslumbrar aqueles que se deparam com ele. Além de abrir espaço para cooperação e networking de diferentes instâncias, ao reunir artistas, especialistas em tecnologia e profissionais do audiovisual.
O fechamento das instituições culturais, como as galerias e museus, devido à pandemia de covid-19, restringiu a produção artística e o acesso do público, mas exatamente por isso, as projeções se tornaram uma possibilidade de continuidade do acesso à arte a cultura, afinal não necessitam destes locais para acontecerem e invertem a lógica, não é mais as pessoas que vão ao museu e sim o museu que visita o público.
Somado a esse ponto, as projeções nos prédios deram voz e divulgação a questionamentos relacionados a política do país, reafirmando o caráter reflexivo e coletivo da arte, ainda nessa temática, algumas imagens que estiveram em prédios das principais capitais do Brasil, agradeceram e homenagearam a atuação dos profissionais de saúde no combate ao vírus da covid-19.
Percebemos, assim, que o suporte em que uma obra é construída e difundida pode alterar a dinâmica visual do espaço urbano, levantar debates e provocar mudanças na maneira como o trânsito entre o social e o cultural ocorre, permitindo maior abertura e mescla entre ambos.
Por fim, o videomapping é um interessante meio de comunicação, já que consegue ser visto por uma grande quantidade de pessoas, sendo projetado praticamente em qualquer lugar e transmitindo mensagens objetivas e experiências potentes. Dessa forma, a tecnologia alimenta a arte que, por sua vez, difunde a comunicação.