Quando pensamos em uma figura artística o que desperta a nossa memória não é apenas as produções, os quadros e projetos, mas sim todo o universo que aquele artista representa ou representava. Por exemplo, quando falamos em Frida Kahlo, no que pensamos? Em suas belas pinturas, claro, mas há algo de maior em torno dela.

Essa potência que circunda a artista tem alguns elementos básicos: a identidade dela, que inclui os valores, os ideais e os posicionamentos de Frida perante o mundo e a mensagem, o que a produção comunica? As telas refletem sobre quais questões? O que está em jogo naquela criação artística?

O trabalho de Frida Kahlo começou a ser notado no final dos anos 70 e em 1990 ela se tornou uma figura reconhecida no mundo da arte, suas obras movimentaram debates em torno do que a artista propunha como material.

Frida transmitia por meio da sua arte comentários de cunho político, refletia sobre a questão colonial e a desigualdade racial, buscava combater a misoginia e a desigualdade de gênero. Além disso, aprofundava técnicas a partir da sua vivência, como o amplo trabalho de autorretratos e sua icônica frase “Eu pinto porque estou sempre sozinha e porque sou o assunto que conheço melhor.”, isto quer dizer que, a artista integrava sua vida, seus anseios, seus medos, suas preferências políticas, suas ideias de mundo na sua produção, o que a fortalecia.

A partir desse exemplo, percebemos que o branding é algo que você carrega com você e que emana do seu interior para o exterior. Neste caso, era praticamente natural para a artista o posicionamento expresso na arte e a comunicação dos seus valores.

O posicionamento artístico é o que transforma a sua produção e conecta o público

Uma artista no chão pintando uma tela

É possível criar e construir um branding, visualizando o que você deseja passar para a sua audiência. Essa sua aura, quando bem estruturada, também faz com que você se comunique com pessoas que acreditam na sua produção, pois te incentivam a continuar criando, pensando, elaborando e se difundindo, portanto, o branding está atrelado diretamente com a formação de uma boa rede de networking e parcerias.

Além disso, ter uma personalidade é essencial, pois faz com que você seja facilmente identificado e também correlacionado com temas, por exemplo, se tem uma exposição acontecendo sobre a água enquanto campo poético, e o seu trabalho e a sua presença seja no mundo offline, seja nas redes sociais, sempre aborda esse conteúdo, você será um nome cotado, será um destaque.

A maneira com que você se dedica para um determinado assunto ou as provocações que você tem sobre algum tópico, constrói em você uma autoridade e um reconhecimento, quanto mais você desenvolver esse discurso, mais você contará para o seu público quem você é, O QUE você faz, POR QUE você faz e COMO você faz, assim você se faz visto e compreendido, você está posicionando uma voz com coisas a dizer no mundo da arte.

Por fim, o branding desperta a consciência do valor, qual o valor da sua produção artística? Qual o valor que você quer gerar nas pessoas? Quais as transformações possíveis nesse diálogo entre arte e mundo, artista e audiência, compra e venda? Os seus ideais compõem a forma como você se apresenta e os meios dos quais você se utiliza para chegar onde deseja.

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